O ENCONTRO COM O LOBISOMEM



"Nunca deve-se desprezar as lendas e folclores, porque aquilo que hoje é uma simples ficção, pode de uma forma surpreeendente surgir à nossa frente como algo fantástico e sem explicação, provando que a realidade e a imaginação se misturam em determinados momentos e locais do nosso mundo!"


O Relato a seguir é o exemplo de um desses fantásticos casos!

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Bem, meu nome é Adriano Sidrão, e venho contar esse relato a pedido da minha filha que tem 6 anos, Giovana Sidrão, que é fã de vocês.

Tudo se passou no interior do estado do Ceará no ano de 1958.
Meu tio tinha 21 anos na época, e namorava uma menina que morava na Vila Zoraide, sendo que naquela época e na região em que moravam, as distâncias eram encurtadas por caminhos dentro de sítios.
Então meu tio ia para namorar cortando caminho, e depois de namorar quase a tarde toda e um pouco da noite ele resolveu ir embora.
Era quase meia noite quando ele se despediu da namorada e foi embora para pegar o caminho por dentro dos sítios, o qual era mais curto.

Meu tio foi alertado pelo sogro para tomar cuidado com aquele caminho, porque ele mesmo que tinha medo dos locais que ele iria passar, mas mesmo assim ele foi por ali e rindo, mais foi.
O caminho até que era tranquilo, só não era iluminado a não ser pela luz da lua, e ele foi seguindo seu caminho.
No trajeto ele foi ouvindo alguns barulhos estranhos de animais da noite, mas meu tio sempre carregava com ele um punhal, porque naquela época as pessoas carregavam consigo sempre algum tipo de arma para sua defesa devido aos locais desertos que atravessavam.

De repente meu tio ouviu um tipo de grunhido à sua frente, mas não ligou e continuou andando.
Andando mais um pouco, um pouco à sua frente, de uma forma surpreendente ele viu um ser arranhado uma árvore como se estivesse afiando as garras.
Na hora meu tio gelou quando viu aquela criatura enorme e em pé.
Naquele momento ele sentiu que aquilo não era normal e tentou sair de mansinho, mas a criatura percebeu e olhou, avançando sobre ele, sendo que só deu tempo de puxar o punhal e quando a criatura se aproximou, ele desferiu várias punhaladas na criatura, e ela gritava de dor mas não desistia, continuando atacando meu tio.

Eles continuavam lutando, e o meu tio continuava dando mais punhaladas, até que a criatura desistiu e foi embora.
Meu tio muito ferido continuou seu caminho, só que desta vez correndo e assombrado com aquilo que havia acontecido.
Só que mais a frente, para sua surpresa, a criatura estava esperando a sua passagem e o atacou novamente.
Então a luta recomeçou e foi sangrenta.
Meu tio desferiu vaáios golpes para se defender do monstro e de novo a fera fugiu para o mato alto na escuridão da noite.
Nesse momento já era quase 2:00 da manhã, e o caminho se tornou longo e sofrido devido o meu tio se esconder de vez em quando.
Isso durou quase a noite toda, quando de repente ele se viu de frente a casa do meu avô, seu pai, e entrou correndo todo rasgado e ferido.

(Obs: gente eu acho que aquela historia que ser arranhado por um lobisomem é mentira, porque meu tio foi totalmente arranhado e com arranhões tão profundos que tiveram que levá-lo para o hospital urgente com ferimentos graves).

Voltando, meu avô que era daqueles nordestinos muito valentes, quando viu aquilo pegou sua arma e foi atrás de uma pessoa que ele desconfiava, porque já existiam boatos sobre a tal pessoa.
Chegando lá meu avô viu o tal homem sentado na cadeira de balanço muito ferido, mas bem, mesmo com os ferimentos.
Meu avô chegando perto apontou a arma para ele e disse: "Nunca mais chegue perto de ninguém da minha familia, se não eu te mato."
(Naquela época as coisas eram resolvidas dessa forma).
Então o homem olhou para o meu avô e disse: "Meu caro (com uma foz grossa e sarcástica) você tem alguma bala de prata aí?" e sorriu.
Meu avô sentiu um calafrio mais nâo titubeou e disse: "Está avisado".

Assim termina a historia mais extraordinária da minha familia.

(Obs: em 1997 eu fui à Fortaleza (Ceará) visitar minha familia, e me lembrei dessa historia, sendo que todos me confirmaram toda ela.
Diante disso eu acredito nessa historia).

Um abraço a todos.

 

 

Adriano Pinheiuro Sidrão - Nilópolis
RJ - Brasil
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