CIENTISTAS TENTAM DESVENDAR

FOTOS DE FANTASMAS

 

 

Terça, 7 de fevereiro de 2006

 

O inglês Richard Wiseman, considerado o "inimigo número um dos fantasmas", vai encabeçar uma força-tarefa científica que, a partir deste mês, tentará desvendar os mistérios que cercam fotografias que há décadas desafiam a ciência. Nelas foram registradas supostas aparições, jamais explicadas.

Wiseman, da Universidade de Heartfordshire, tornou-se um respeitado especialista no assunto após coordenar, em 2003, uma extensa pesquisa com voluntários que derrubou a aura fantasmagórica dos castelos de Hampton Court (Inglaterra) e South Bridge Vaults, na Escócia.

O trabalho desta vez é tão difícil quanto desafiador: a análise minuciosa de fotos como a tirada durante uma festa de casamento em 1977, nos EUA, na qual um rosto na janela - que não se tratava de um convidado - sugere a presença de um "fantasma".

A evolução tecnológica está a favor daqueles que, como Wiseman, não acreditam em visitas do além. Hoje, ao mesmo tempo em que trucagens e alterações são cada vez mais freqüentes, é muito mais fácil detectá-las - afinal, cientistas e fraudadores utilizam as mesmas técnicas.

Registros fotográficos de fantasmas são abundantes desde a criação da fotografia, em 1825. Porém, segundo dados da Universidade de Heartfordshire, mais de 95% deles já foram totalmente explicados.

Porém, chamam a atenção imagens célebres como "A Dama de Marrom", o registro mais antigo de uma "aparição" até hoje não desvendada. A foto mostra um vulto descendo a escadaria do castelo de Raynham Hall, na Inglaterra, e foi tirada em 1936 por um fotógrafo e sua assistente.

Jamais pôde ser provado que houve truque no negativo ou durante a sessão de fotos, que visava mostrar detalhes da propriedade, então à venda. O desafio de Wiseman, agora, é provar que todas as imagens são fruto de manipulações. Ele, como cético assumido, garante que vai conseguir.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1