"Existiria um processo ou procedimento para se entrar em contato com seres de outro planeta?
O que seria loucura e o que existe de realidade em determinados rituais secretos e misteriosos para determinados fins, como a realização de um contato imediato de 3º grau, e quais seriam suas consequências?
Teria sido um desses estranhos rituais ou uma intrigante "experiência científica" que ocorreu em Niterói no ano de 1966?"
O fato descrito a seguir prova que esses fenômenos são reais e podem acontecer em nosso mundo!
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No dia 20 de agosto de 1966, um sábado, dois homens foram encontrados mortos no alto do Morro do Vintém, no bairro Santa Rosa, em Niterói, Estado do Rio de Janeiro [Coordenadas GPS: Latitude / Longitude = 22°53'43.8"S 43°05'29.4"W].
Nenhum sinal de violência ou luta corporal foram encontrados.
Os corpos estavam próximos, um ao lado do outro, deitados de costas no chão, em cima de uma espécie de "cama" feita com folhas de Pintoba, uma espécie de palmeira, as quais foram cortadas com alguma faca ou algo similar.
Os corpos estavam bem vestidos com ternos limpos e com capas de chuva e em adiantado estado de putrefação.
Do lado dos corpos havia um estranho marco de cimento, uma garrafa de água mineral magnesiana, uma folha de papel laminado que foi usada como copo, um embrulho de papel com duas toalhas, um par de óculos preto com uma aliança em uma das hastes, um lenço com as iniciais "MAS", duas toscas máscaras de chumbo, um papel com equações básicas de eletrônica e um estranho papel com a seguinte escrita:
16:30 hs: Estar no local determinado.
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– 18:30 hs: Ingerir cápsula após efeito, proteger metais...
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A autópsia realizada nos corpos, pelo médico legista Dr. Astor Pereira de Melo, nada revelou como a "causa-mortis", pois não havia sinal de violência, de envenenamento, de distúrbios orgânicos e total ausência de contaminação por radioatividade.
Foram realizados diversos exames toxicológicos, em diversos pedaços das vísceras e todos deram negativos.
Os documentos que portavam permitiram facilmente identificar que eram os Técnicos em Eletrônica e sócios Miguel José Viana, 34 anos e Manoel Pereira da Cruz, 32 anos, moradores na cidade de Campos dos Goitacazes [Coordenadas GPS: Latitude / Longitude = 21°45'25.08"S, 41°19'27.87"W], Interior do Estado do Rio de Janeiro.
Os exames grafotécnicos realizados nos bilhetes provaram que a caligrafia era de Miguel José Viana.
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Para complicar ainda mais, na noite em que os radiotécnicos morreram, em 17 de agosto de 1966, uma quarta-feira, várias testemunhas telefonaram para a Polícia para informar que haviam visto um Objeto Voados Não Identificado (OVNI) no alto do Morro do Vintém, ou seja, um estranho objeto, de forma arredondada e com um halo de luz intensa, sobrevoando o local onde foram encontrados os corpos.
Até hoje a Polícia não soube explicar o que realmente aconteceu.
Um simples latrocínio?
Uma experiência parapsicológica mal sucedida?
Uma experiência psicotrônica com um fim trágico?
Um encontro fatal com tripulantes de um disco voador?
Para tentar entender o que pode ter acontecido, vamos detalhar, passo a passo, o que eles fizeram desde que saíram de Campos e até que foram encontrados mortos em Niterói.
Agosto de 1966 – Não se sabe corretamente o dia, mas as duas máscaras de chumbo foram feitas pelos radiotécnicos em sua oficina em Campos, RJ, pois lá foi encontrado o restante da placa utilizada:
Máscara de Chumbo utilizada por uma das vítimas |
Máscara de Chumbo utilizada por uma das vítimas |
Em 16/08/1966, à noite, terça-feira, o Manoel Pereira da Cruz informou para sua esposa Neli que iria para São Paulo, juntamente com Miguel José Viana, seu sócio, casado, para comprar um carro usado e alguns componentes de eletrônica para o estoque de sua oficina.
Ele embrulhou dois milhões e trezentos mil cruzeiros (mil dólares aproximadamente) para levar na viagem.
Em 17/08/1966, quarta-feira, às 09:00 horas, os radiotécnicos tomam o ônibus na rodoviária de Campos, com destino à Niterói e não São Paulo como haviam informado à família.
A seguir está um diálogo curioso que Miguel teve com uma sobrinha no momento do embarque no ônibus para NIterói:
Minutos antes de partir de Campos para Niterói, Miguel encontrou uma sobrinha, com quem teve o seguinte diálogo:
- Tá indo pra onde, tio?
- Pra São Paulo.
- Vai fazer o que em São Paulo?
- Comprar um carro.
- Em São Paulo? Por que o senhor não compra aqui, é mais barato.
- Eu preciso saber de uma coisa. Depois quando eu voltar, eu te conto se acredito mesmo nessa estória de espiritismo ou não.
Em 17/08/1966, quarta-feira, às 14:30 horas, eles chegam na rodoviária de Niterói.
Entre às 14:30 horas até o instante em que eles morreram, a polícia descobriu que eles passaram em uma loja de componentes eletrônicos, onde eles eram fregueses, a Fluoscop, situada na Travessa Alberto Vitor, 13, no Centro de Niterói.
Passaram também em uma loja e compraram capas de chuva, e embora estivesse chovendo no momento, saíram da loja às pressas sem vestir as capas.
Passaram em um bar, situado à Av. Marquês do Paraná e compraram uma garrafa de água mineral magnesiana, não esquecendo de pegar o comprovante do vasilhame, para poder devolver na volta.
A pessoa que os atendeu, neste último estabelecimento, disse que Miguel parecia estar nervoso e a toda hora consultava as horas no relógio.
Aquele dia estava chuvoso e escurecendo rapidamente.
O vigia Raulino de Matos, morador no local, viu quando Manoel e Miguel chegaram ao pé do morro em um Jipe, dirigido por um homem loiro, juntamente com outras duas pessoas, até hoje não identificadas.
Manoel e Miguel desceram do jipe e subiram o morro à pé.
Durante investigação efetuada posteriormente, foi notado que no caminho do Morro do Vintém existia um Centro Espírita, o qual realizava estudos e pesquisas espirituais, no entanto não foram encontradas provas do contato de Miguel e Manoel com membros desse local.
Mas poderia haver alguma ligação, tendo em vista a localização do Centro Espírita no caminho em que Miguel e Manoel fizeram até o Morro do Vintém?
Quem dirigiu o Jipe que levou as vítimas até o pé do Morro do Vintém? Seria alguém que ajudou à orientá-los em sua experiência?
Existe a certeza de que Miguel e Manoel foram orientados por alguém com conhecimento intelectual superior, devido aos detalhes dos procedimentos que realizariam no Morro do Vintém. Mas quem seria essa pessoa?
Na manhã de 18/08/1966, quinta-feira, um garoto de 18 anos, Paulo Cordeiro Azevedo dos Santos, que estava caçando passarinhos, viu os corpos e avisou o guarda Antônio Guerra, que servia na radiopatrulha.
Posteriormente, esse guarda foi ouvido pelo Delegado Venâncio Bittencourt, que comandou as investigações, para saber porque demorou dois dias para ir ao local onde foram achados os cadáveres.
Admitia-se que o guarda ou outra pessoa teria revistado os cadáveres, para se apropriar do dinheiro, mas nada ficou comprovado.
Em 20/08/1966, sábado, dois dias depois, por volta das 18:00 horas, um garoto também de 18 anos, Jorge da Costa Alves, estava procurando sua pipa junto com outros meninos, quando sentiram um forte mau cheiro e localizaram os corpos.
Jorge avisou a Segunda Delegacia de Polícia (2a DP) de Niterói.
Em 21.08.66, domingo, pela manhã, a Polícia, os Bombeiros, jornalistas e curiosos subiram o morro para resgatar os corpos.
No bolso de um foi encontrado a quantia de 157 mil cruzeiros (68 dólares) e no bolso do outro 4 mil (menos de 2 dólares), além dos relógios.
Assim, a Polícia iniciou as investigações.
Um dos bilhetes e o sumiço do dinheiro reforçaram a hipótese da existência de um terceiro personagem.
Também a ausência de uma faca ou objeto cortante, utilizada para cortar as folhas de Pintoba, reforçou essa hipótese, mas as máscaras de chumbo não combinavam com a situação e nem o estranho bilhete.
A hipótese de uma terceira pessoa indicava que ela teria dirigido a pesquisa, mas não teria participado.
Mais tarde, a Polícia prendeu o amigo das vítimas, Elcio Correia Gomes, espírita, que introduziu os dois radiotécnicos em estranhas e grandiosas experiências.
Tempos antes, os três causaram uma enorme explosão, na Praia de Atafona, no Interior do Rio de Janeiro.
A explosão foi tão grande e causou um clarão enorme, que a população pensou que estava ocorrendo um terremoto.
Esse acidente foi objeto de investigação por parte da Marinha Brasileira.
Como a Polícia não encontrou provas contra o Elcio, ele acabou sendo libertado.
Após os jornais terem anunciado essas duas estranhas mortes, a Sra. Gracinda Barbosa Coutinho de Sousa, informou que, na noite de 17/08/1966, entre 19:00' e 20:00' horas, juntamente com três filhos, duas meninas e um menino, estavam passando, de carro, pela Alameda São Boaventura, no bairro Fonseca, quando a filha Denise, de 7 anos, chamou a atenção da mãe de algo no alto do morro.
Viram um objeto multicolorido, ovóide, de cor alaranjado, com um anel de fogo de onde saíam raios azuis em várias direções.
Após a imprensa divulgar esse depoimento, várias outras pessoas se encorajaram e ligaram para a Polícia informando que também tinham visto tal objeto luminoso no mesmo local, dia e hora.
Técnicos em eletrônica fundamentaram a hipótese de que Manoel e Miguel foram mortos por um raio, pois nesse dia chovia muito.
Argumentaram que eles estavam em um local alto, com uma máscara de chumbo no rosto.
Caso issso tivesse acontecido, os corpos teriam sofrido ligeiras queimaduras, as quais só não foram constatadas na autópsia porque as marcas se desfizeram com a decomposição dos cadáveres.
Essa hipótese não foi confirmada pelo médico legista.
O Padre Oscar Gonzalez Quevedo, professor de parapsicologia, na época, deu um depoimento ao jornal O Globo, informando que máscaras de chumbo eram usadas em testes mortíferos de ocultismo.
Disse que o ocultismo admitia que dos novos mundos emanavam irradiações luminosas, por exemplo, capazes de afetar aquilo a que chamavam de "terceiro olho", e fulminar o experimentador.
Daí a necessidade da proteção com as máscaras de chumbo.
Nesse tipo de experiência, o experimentador deve ingerir uma quantidade de droga que lhe permite entrar em transe e deve estar em jejum para provocar o desequilíbrio físico e mental.
Essas experiências são conhecidas como psi-gamma e hiperestesia.
No primeiro caso o experimentador procura liberar a alma para conseguir captações espirituais, e na segunda, os nervos hiperexcitados são o instrumento pelo qual o homem procura sentir aspectos sutis da realidade que o cerca.
O Padre Quevedo frisa que para conseguir êxito em qualquer uma dessas experiências, são indispensáveis muitos exercícios e perfeito estado físico.
Foto de um dos corpos no local |
A situação ficou mais complicada quando a Polícia descobriu uma morte bem semelhante, quatro anos antes.
José de Sousa Arêas informou que no ano de 1962, um técnico de televisão, foi encontrado morto, no Morro do Cruzeiro, em Neves, sem nenhum tipo de violência, com todos os seus pertences e também com uma máscara de chumbo.
Ele se chamava Hermes de tal e foi no alto do morro para tentar "captar" sinais de televisão sem o auxílio de nenhum aparelho eletrônico.
Disse que ele engoliu um comprimido redondo e morreu porque não estava fisicamente preparado para a empreitada, que oferecia possibilidade de vida ou morte.
Depois de muita investigação e várias hipóteses levantadas, em 25/08/1967, os corpos foram exumados, para ser realizado uma nova série de exames, no Rio de Janeiro e em São Paulo, mas nada foi descoberto.
Em maio de 1969, a Justiça Brasileira arquivou o Processo por falta de provas.
Em 1980 um novo mistério.
O cientista e Ufólogo Jacques Vallée, que trabalhou para a NASA, veio ao Brasil exclusivamente para pesquisar esse caso.
Ao chegar no local, em companhia de sua esposa, do detetive Saulo Soares de Souza e do repórter policial Mário Dias, os quais participaram do caso na época dos acontecimentos, subiram o morro e lá ficaram estarrecidos.
No local onde foram encontrados os corpos, não havia vegetação alguma, estando o local praticamente demarcado, como se alguém tivesse contornado os corpos, e o solo estava como se tivesse sido calcinado.
Porque não creceu mais nenhuma vegetação no local onde os corpos foram encontratos?
Qual fenômeno teria provocado esse acontecimento?
As perguntas são muitas, e assim, o Mistério das Máscaras de Chumbo até hoje continua sendo uma grande incógnita.
A Polícia não conseguiu esclarecer o que aconteceu e nem o Poder Judiciário.
O caso foi divulgado no programa "Linha Direta" da Rede Globo", mostrando todos os detalhes.
Durante o programa, foi pedido o desarquivamento do processo da morte de Miguel e Manoel para análise dos documentos, mas misteriosamente a caixa que continha todo o processo estava vazia. Todos os documentos desapareceram, mas qual seria o motivo?
O que realmente aconteceu?
Um latrocínio bem elaborado?
Uma experiência parapsicológica mal sucedida?
Uma experiência psicotrônica com um fim trágico?
Um encontro fatal com tripulantes de um OVNI?
Esse é um dos grandes mitérios do nosso mundo, o qual provavelmente nunca será esclarecido!
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A seguir a reportagem do programa "Linha Direta da TV Globo do ano de 1990 sobre o caso
"O Mistério das Máscaras de Chumbo":